Para o ignorante, a velhice é o inverno da vida. Para o sábio, é a época da colheita.
Talmude

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

O envelhecimento populacional

Nas últimas décadas temos assistido, não só em Portugal como noutros países (América Latina, por exemplo), a um rápido envelhecimento da população.
Esta situação deve-se principalmente ao facto de haver um aumento da esperança de vida e à diminuição da fecundidade (Nazareth, 1979). Estas alterações a nível demográfico levam à necessidade de actualizar as políticas sociais e, especialmente, as políticas de saúde (Ferreira, 1997).
Nas economias mais desenvolvidas, como o envelhecimento populacional foi gradativo, foi possível promover a organização dos sistemas de previdência e de saúde, o que não ocorreu nos sistemas menos desenvolvidos.
Existem ainda poucos estudos comparativos com o intuito de averiguar a presença de desigualdade social em saúde e na utilização de serviços médicos entre os idosos em sociedades pouco desenvolvidas. Estas investigações têm sido feitas principalmente em sociedades mais avançadas, onde se constatou a existência de desigualdades sociais em saúde entre os idosos que pertencem a grupos sociais mais favorecidos ou mais desfavorecidos (Ramos, 2002 [online]).
Por isso, nas sociedades contemporâneas, uma das imagens mais comuns é o idoso só, triste, abandonado e, em alguns casos, sem o mínimo de recursos para a sua subsistência. "As situações sociais e económicas desempenham papeis fulcrais na determinação da saúde dos indivíduos e das populações. no entanto, a existência dessa influência nas faixas etárias mais velhas é controversa" (Ramos, 2002 [online]).
Diversos estudos de base populacional mostraram que idosos com melhor situação socio-económica apresentam melhores condições de saúde, enquanto outros trabalhos mostraram que estas diferenças se esvanecem em idades mais avançadas.
Qual será, então, a realidade portuguesa?

Sem comentários: